A Suprema Corte de Israel se reúne nesta segunda
feira para analisar quatro recursos contra a libertação de prisioneiros
palestinos em troca do soldado Gilad Shalit, apresentados principalmente
por famílias de vitimas de atentados.
Um dos recursos será apresentado por Meir
Schijveschuurder, que perdeu os pais e três irmãos no atentado suicida
cometido em 2001 na pizzaria Sbarro, em Jerusalém.
Prisioneiros foram concentrados em duas cadeias em antecipação à libertação, nesta terça-feira |
O atentado matou 15 pessoas, entre elas o brasileiro Giora Balazs, de 68 anos.
A associação Almagor - que representa algumas
famílias de vitimas de atentados – e o advogado Zeev Dasberg, que perdeu
sua irmã em um ataque em 1996, também entraram com recursos.
O quarto recurso é de autoria de uma residente
de Jerusalém, Ronit Tamari, que afirma temer que a libertação dos
prisioneiros "gere uma nova onda de terror".
Noam Shalit, pai do soldado Gilad, que será
libertado em troca de 1.027 prisioneiros palestinos, também participará
da discussão na Corte, defendendo o acordo.
De acordo com Noam, "qualquer mudança ou adiamento do acordo colocará em risco a vida de Gilad".
Precedentes
Segundo vários precedentes, a Suprema Corte
costuma rejeitar recursos contra a libertação de prisioneiros
palestinos, argumentando que trata-se de uma decisão politica de grande
abrangência, que pode ter impacto na segurança nacional e nas relações
exteriores do país.
De acordo com analistas locais, as chances de que neste caso a Corte aceite os recursos são "praticamente nulas".
A discussão na Suprema Corte é o último
obstáculo para a troca dos prisioneiros palestinos por Shalit, prevista
para a manhã desta terça feira.
As autoridades israelenses já concentraram 430
prisioneiros na cadeia de Ktziot, onde já foram identificados e
examinados pela Cruz Vermelha.
De Ktziot, eles deverão ser transportados na
terça, por ônibus da Cruz Vermelha, para pontos de checagem nas entradas
da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, onde serão libertados.
Outros 47 prisioneiros – 27 mulheres e 20
cidadãos árabes israelenses ou residentes de Jerusalém Oriental – foram
concentrados na cadeia Hasharon, e de lá serão transportados no momento
da libertação.
Pena de morte
Entre os prisioneiros a serem liberados, 279 foram condenados à prisão perpétua pela morte de israelenses.
O ministro dos Transportes de Israel, Israel
Katz, do partido Likud, que apoiou a troca de Shalit por prisioneiros
palestinos, afirmou nesta segunda-feira que vai exigir uma mudança no
sistema penal de Israel, para que seja instituída a pena de morte
"contra assassinos de judeus e de israelenses".
A pena de morte existe formalmente na legislação
de 1945, herdada por Israel do Mandato Britânico, mas só foi aplicada
uma vez, no caso do criminoso nazista Adolf Eichman.
"Não podemos mais permitir que os assassinos sejam libertados", disse o ministro à rádio estatal de Israel, Kol Israel.
Katz também disse que vai pedir ao
primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, que apoie a pena de morte
especificamente no caso dos assassinos da família Fogel, do assentamento
de Itamar, na Cisjordânia.
Dois palestinos da Cisjordânia estão sendo
julgados pelo assassinato a facadas de dois adultos e três crianças da
família Fogel, em março deste ano.
A Suprema Corte de Israel se reúne nesta segunda
feira para analisar quatro recursos contra a libertação de prisioneiros
palestinos em troca do soldado Gilad Shalit, apresentados principalmente
por famílias de vitimas de atentados.
Um dos recursos será apresentado por Meir
Schijveschuurder, que perdeu os pais e três irmãos no atentado suicida
cometido em 2001 na pizzaria Sbarro, em Jerusalém.
O atentado matou 15 pessoas, entre elas o brasileiro Giora Balazs, de 68 anos.
A associação Almagor - que representa algumas
famílias de vitimas de atentados – e o advogado Zeev Dasberg, que perdeu
sua irmã em um ataque em 1996, também entraram com recursos.
O quarto recurso é de autoria de uma residente
de Jerusalém, Ronit Tamari, que afirma temer que a libertação dos
prisioneiros "gere uma nova onda de terror".
Noam Shalit, pai do soldado Gilad, que será
libertado em troca de 1.027 prisioneiros palestinos, também participará
da discussão na Corte, defendendo o acordo.
De acordo com Noam, "qualquer mudança ou adiamento do acordo colocará em risco a vida de Gilad".
Precedentes
Segundo vários precedentes, a Suprema Corte
costuma rejeitar recursos contra a libertação de prisioneiros
palestinos, argumentando que trata-se de uma decisão politica de grande
abrangência, que pode ter impacto na segurança nacional e nas relações
exteriores do país.
De acordo com analistas locais, as chances de que neste caso a Corte aceite os recursos são "praticamente nulas".
A discussão na Suprema Corte é o último
obstáculo para a troca dos prisioneiros palestinos por Shalit, prevista
para a manhã desta terça feira.
As autoridades israelenses já concentraram 430
prisioneiros na cadeia de Ktziot, onde já foram identificados e
examinados pela Cruz Vermelha.
De Ktziot, eles deverão ser transportados na
terça, por ônibus da Cruz Vermelha, para pontos de checagem nas entradas
da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, onde serão libertados.
Outros 47 prisioneiros – 27 mulheres e 20
cidadãos árabes israelenses ou residentes de Jerusalém Oriental – foram
concentrados na cadeia Hasharon, e de lá serão transportados no momento
da libertação.
Pena de morte
Entre os prisioneiros a serem liberados, 279 foram condenados à prisão perpétua pela morte de israelenses.
O ministro dos Transportes de Israel, Israel
Katz, do partido Likud, que apoiou a troca de Shalit por prisioneiros
palestinos, afirmou nesta segunda-feira que vai exigir uma mudança no
sistema penal de Israel, para que seja instituída a pena de morte
"contra assassinos de judeus e de israelenses".
A pena de morte existe formalmente na legislação
de 1945, herdada por Israel do Mandato Britânico, mas só foi aplicada
uma vez, no caso do criminoso nazista Adolf Eichman.
"Não podemos mais permitir que os assassinos sejam libertados", disse o ministro à rádio estatal de Israel, Kol Israel.
Katz também disse que vai pedir ao
primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, que apoie a pena de morte
especificamente no caso dos assassinos da família Fogel, do assentamento
de Itamar, na Cisjordânia.
Dois palestinos da Cisjordânia estão sendo
julgados pelo assassinato a facadas de dois adultos e três crianças da
família Fogel, em março deste ano.
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