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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Empresas brasileiras esperam novo governo para retomar operações na Líbia

Com o líder Muamar Khadafi morto e a Líbia oficialmente "liberada", as empresas brasileiras aguardam a formação de um governo provisório para retomar suas operações no país. A informação é do embaixador Cesário Melantonio Neto, que media as conversas com as novas autoridades líbias, e das próprias companhias.
As operações das empresas brasileiras foram interrompidas com o início do levante civil que resultou na queda de Khadafi. Em fevereiro deste ano, centenas de funcionários de construtoras como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez deixaram o país com a intensificação do conflito.
"Tenho informação de que vários funcionários já voltaram (à Líbia). Agora temos de esperar a formação de um novo governo provisório para retomar de vez as obras", disse Melantonio, em entrevista à BBC Brasil.
O diplomata, que serve como embaixador do Brasil no vizinho Egito, tem sido um dos principais interlocutores brasileiros junto ao Conselho Nacional de Transição (CNT), formado inicialmente em Benghazi e atuando agora na capital líbia, Trípoli.
Nesta segunda-feira, era aguardado que a Otan anunciasse o fim de suas operações militares no país.
Segundo Melantonio, a situação das empresas é "tranquila", mas só voltará a se normalizar quando o CNT, que governa o país interinamente, indicar os integrantes do governo provisório, incumbido de organizar eleições e a nova Constituição líbia. A expectativa é que isso ocorra nos próximos meses ou até semanas.

Revisão de contratos

Melantonio, que já esteve em Benghazi e se encontrou com autoridades líbias durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York, diz ter recebido garantias de que os contratos serão cumpridos.
 
Cesareo Melantonio, diplomata brasileiro
"Sempre houve garantia de que os contratos serão cumpridos, mas com uma observação: todos os contratos serão revisados", disse o embaixador.
"O presidente do CNT, (Mustafa) Abdul Jalil, que foi ministro da Justiça da Líbia, me disse que a revisão é para ver se não há pontos ilícitos nos contratos, superfaturamento. Isso será para todas as empresas, de todos os países".

Sem represálias

Melantonio nega que o reconhecimento tardio dado pelo Brasil ao CNT possa prejudicar as empresas brasileiras no país.
O Brasil só reconheceu o CNT como governo interino líbio durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro, quando boa parte do mundo já o havia feito.
"Nunca houve problema. Nas inúmeras conversas que tivemos, eles sequer tocaram no assunto. O governo (líbio) quer olhar para a frente", disse Melantonio.
Durante o conflito, membros do CNT chegaram a fazer declarações de que empresas dos países que haviam apoiado o levante líbio para derrubar Khadafi seriam beneficiadas durante a reconstrução do país.
O governo provisório que irá substituir o CNT deve revisar todos os contratos do país
"A Líbia precisa das empresas brasileiras. Além disso, as empresas estão fazendo obras de saneamento, pavimentação, que não são polêmicas. A necessidade é ainda maior para um país que sai de uma guerra civil", disse o embaixador.

Empresas

A Odebrecht, responsável pela construção do Aeroporto Internacional de Trípoli e o anel viário da cidade, disse por meio de nota que "a expectativa da empresa é voltar à operação", mas que ainda analisa o cenário para tomar qualquer decisão.
A Petrobras, que tem operações na costa mediterrânea, disse que "segue acompanhando e analisando a situação na Líbia e não comenta questões políticas".
A Queiroz Galvão, que toca seis obras de infraestrutura (saneamento, drenagem, abastecimento de água, pavimentação e urbanização) declarou que "aguarda orientação do governo líbio para retomada de suas atividades".
A Andrade Gutierrez afirmou que "mantém instalações, equipamentos e funcionários locais em Trípoli" e que aguarda a retomada das "atividades de quatro obras de reurbanização" no país.

Ajuda humanitária


Cesario Melantonio
Melantônio disse ainda que o CNT pediu ajuda humanitária ao Brasil.
"Estamos analisando a possibilidade de enviar algumas toneladas de arroz. Também discutimos a possibilidade de doação de medicamentos", disse.
Segundo o diplomata, assim que houver segurança suficiente, a Embaixada do Brasil em Trípoli será reaberta. Diferente de outras representações, saqueadas e danificadas, o prédio da missão brasileira ficou intacto, segundo Melantônio.
Com o início do conflito, os diplomatas brasileiros locados em Trípoli foram transferidos para Túnis, na vizinha Tunísia.



Portal MGR, 31 de Outubro  de 2011
Por: Gilberto Silva - Informações: BBC Brasil.

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