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terça-feira, 13 de setembro de 2011

A Psicologa Risolete Rêgo fala sobre Depressão na Adolecência


A depressão na adolescência costuma ser mais freqüente do que se imagina. O caminho natural da juventude costuma ser rodeado de conflitos, dúvidas, aborrecimentos e contrariedades, que acabam afetando direta e indiretamente o comportamento dos adolescentes; embora muitos deles não estão psicologicamente preparados para enfrentar essa nova fase, acarretando assim sérios problemas e alguns transtornos, como é o caso do transtorno depressivo. Isso pode ocorrer por várias causas, inclusive pela falta de compreensão e entendimento, por parte do próprio adolescente sobre o que se passa e das transformações inerentes á esta fase, como também pela vontade intensa do jovem em voltar a ser criança, ou seja, “retornar ao útero materno”, para não ter que enfrentar os obstáculos e barreiras que a vida começa a lhe oferecer. A maneira como o jovem enfrenta e vivencia todas as transformações, aprendendo a superá-las, vai depender muito do desenvolvimento da sua personalidade, bem como da orientação, educação e apoio dados pelo meio familiar, principalmente pelos pais. Para que o jovem consiga atravessar essa fase tão conturbada de forma satisfatória, será necessário muito apoio, carinho e compreensão dos pais.

     Sabemos que a adolescência é uma fase em que o jovem se distancia mais de seus familiares, para se integrar em seu grupo de amigos; necessitando integrar-se no meio e nos costumes Joviais. E se o adolescente for rejeitado e excluído pelo seu grupo, isso já se torna motivo suficiente para acarretar momentos melancólicos e depressivos. Portanto, faz-se necessário que desde a infância haja um diálogo aberto e saudável entre pais e filhos, já que é este diálogo construído ao longo da convivência, que irá dar segurança e firmeza ao jovem para poder confiar e se abrir com seus pais no momento das dificuldades. É através do apoio e da segurança, que os pais conseguem evitar que seu filho adolescente seja vítima da depressão; ou melhor, através de uma boa orientação desde cedo no sentido de ensiná-lo a conviver bem no mundo que o cerca, aprendendo a superar os obstáculos e se adequar ás mudanças e contrariedades pertinentes ao ser humano.

    Os pais precisam colocar limites claros e bem estabelecidos, delegar tarefas e obrigações aos filhos, de acordo com sua faixa etária e suas capacidades. Precisam também exigir respeito e demonstrar respeito pelos filhos, valorizando as boas atitudes e assim mostrar com carinho e amor quando eles estiverem errados. Os pais precisam também abominar a idéia de que os filhos são propriedades suas, tendo que seguirem a carreira e os caminhos escolhidos pelos pais.

      Em suma, nós pais precisamos manter um diálogo franco com nossos filhos, respeitando suas limitações e opiniões, demonstrando que, embora nem sempre concordando com suas opiniões, entendemos que eles podem ter suas próprias convicções e adquirirem concepções de vidas muitas vezes diferentes dos pais, pois cada pessoa neste mundo tem o livre arbítrio de escolher e ser responsável por sua vida e escolher seu próprio destino.
 
 
Portal MGR, 13 de Setembro de 2011 Por: Gilberto Silva.
Informações: Portal CCNS - Via: Portal AFolha.

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