A
depressão na adolescência costuma ser mais freqüente do que se imagina.
O caminho natural da juventude costuma ser rodeado de conflitos,
dúvidas, aborrecimentos e contrariedades, que acabam afetando direta e
indiretamente o comportamento dos adolescentes; embora muitos deles não
estão psicologicamente preparados para enfrentar essa nova fase,
acarretando assim sérios problemas e alguns transtornos, como é o caso
do transtorno depressivo. Isso pode ocorrer por várias causas, inclusive
pela falta de compreensão e entendimento, por parte do próprio
adolescente sobre o que se passa e das transformações inerentes á esta
fase, como também pela vontade intensa do jovem em voltar a ser criança,
ou seja, “retornar ao útero materno”, para não ter que enfrentar os
obstáculos e barreiras que a vida começa a lhe oferecer. A maneira como o
jovem enfrenta e vivencia todas as transformações, aprendendo a
superá-las, vai depender muito do desenvolvimento da sua personalidade,
bem como da orientação, educação e apoio dados pelo meio familiar,
principalmente pelos pais. Para que o jovem consiga atravessar essa fase
tão conturbada de forma satisfatória, será necessário muito apoio,
carinho e compreensão dos pais.
Sabemos que a adolescência é uma fase em que o jovem se distancia mais
de seus familiares, para se integrar em seu grupo de amigos;
necessitando integrar-se no meio e nos costumes Joviais. E se o
adolescente for rejeitado e excluído pelo seu grupo, isso já se torna
motivo suficiente para acarretar momentos melancólicos e depressivos.
Portanto, faz-se necessário que desde a infância haja um diálogo aberto e
saudável entre pais e filhos, já que é este diálogo construído ao longo
da convivência, que irá dar segurança e firmeza ao jovem para poder
confiar e se abrir com seus pais no momento das dificuldades. É através
do apoio e da segurança, que os pais conseguem evitar que seu filho
adolescente seja vítima da depressão; ou melhor, através de uma boa
orientação desde cedo no sentido de ensiná-lo a conviver bem no mundo
que o cerca, aprendendo a superar os obstáculos e se adequar ás mudanças
e contrariedades pertinentes ao ser humano.
Os pais precisam colocar limites claros e bem estabelecidos, delegar
tarefas e obrigações aos filhos, de acordo com sua faixa etária e suas
capacidades. Precisam também exigir respeito e demonstrar respeito pelos
filhos, valorizando as boas atitudes e assim mostrar com carinho e amor
quando eles estiverem errados. Os pais precisam também abominar a idéia
de que os filhos são propriedades suas, tendo que seguirem a carreira e
os caminhos escolhidos pelos pais.
Em suma, nós pais precisamos manter um diálogo franco com nossos
filhos, respeitando suas limitações e opiniões, demonstrando que, embora
nem sempre concordando com suas opiniões, entendemos que eles podem ter
suas próprias convicções e adquirirem concepções de vidas muitas vezes
diferentes dos pais, pois cada pessoa neste mundo tem o livre arbítrio
de escolher e ser responsável por sua vida e escolher seu próprio
destino.
Portal MGR, 13 de Setembro de 2011 Por: Gilberto Silva.
Informações: Portal CCNS - Via: Portal AFolha.
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