Brasília - A 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
(ONU) ocorre no momento em que o mundo discute os impactos da crise
econômica internacional, os conflitos no Norte da África e no Oriente
Médio, o agravamento da fome em vários países africanos, a pressão da
Autoridade Nacional Palestina (ANP) para reconhecer o Estado palestino e
as dificuldades para a reconstrução do Haiti.
Todos os temas
fazem parte da agenda internacional da presidente Dilma Rousseff, que
pela primeira vez, abrirá os trabalhos da Assembleia Geral das Nações
Unidas, na manhã de quarta-feira (21). Dilma chega hoje (18) a Nova
York. A expectativa, de acordo com diplomatas e especialistas, é que ela
anuncie a posição do Brasil em relação a temas considerados sensíveis.
A
presidenta deverá mencionar a posição do governo brasileiro em relação
ao Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia - comandado pela
oposição ao presidente líbio, Muammar Khadafi. Anteontem (16) a ONU
reconheceu o órgão e mais de 60 governos também legitimam o conselho
como capaz de coordenar a transição na Líbia.
Em relação ao Estado
da Palestina, o Brasil é favorável à autonomia da região respeitando o
negociado em 1967. Em dezembro do ano passado, o então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva reiterou o reconhecimento e recebeu mensagens de
agradecimento das autoridades palestinas. Na ONU, o presidente da ANP,
Mahmoud Abbas, avisou que vai pedir o reconhecimento do Estado da
Palestina como independente.
O assunto divide opiniões na
comunidade internacional. O governo de Israel é contrário à proposta
porque alega que os palestinos querem dividir a cidade de Jerusalém,
algo inaceitável para os israelenses. Os norte-americanos informaram que
vão rejeitar o pedido de Abbas porque defendem mais negociações antes
do reconhecimento.
A crise econômica mundial é outro tema que será
abordado pelos líderes. Dilma alertou, em várias ocasiões, sobre
impactos da crise nos países em desenvolvimento e disse que o Brasil
redobrará os esforços para evitar os efeitos na região. Paralelamente, a
Europa busca meios de impedir o agravamento da situação.
Os
conflitos nos países muçulmanos ganharam desdobramentos que vão além das
questões regionais, pois na Líbia o país vive em clima de guerra,
enquanto na Síria o presidente Bashar Al Assad demonstra não respeitar
os acordos internacionais para preservação dos direitos humanos e a
situação se agrava. O cálculo é que mais de 2,6 mil sírios morreram em
seis meses de confrontos.
A comunidade internacional deve, mais
uma vez, agora nas presenças dos líderes mundiais, rechaçar a forma como
Assad conduz o conflito na Síria e cobrar o fim dos confrontos e a
aplicação de medidas democráticas. Paralelamente, outra preocupação é
com a situação no Haiti. Desde 12 de janeiro de 2010, quando houve o
terremoto que devastou o país, há esforços para sua reconstrução.
A
instabilidade política no Haiti se reflete também na ajuda humanitária
ao país e no processo de reconstrução, segundo o secretário-geral das
Nações Unidas na região, Mariano Fernández. O alerta foi feito na última
sexta-feira (16). O Brasil é um dos países que mais têm cooperado com o
Haiti, de acordo com o embaixador haitiano em Brasília, Idalbert
Pierre-Jean.
Dilma está em Nova York acompanhada por cinco
ministros: o das Relações Exteriores, Antonio Patriota; o da Saúde,
Alexandre Padilha; o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Fernando Pimentel; o do Esporte, Orlando Silva; e a da Comunicação
Social da Presidência da República, Helena Chagas.
Portal MGR, 18 de Setembro de 2011
Por: Gilberto Silva. Informações: Agência Brasil
Via: Msn.com.
Por: Gilberto Silva. Informações: Agência Brasil
Via: Msn.com.
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