O laudo parcial do Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) apontou que o estudante Francisco de Assis Gonçalves Júnior, que tinha 11 anos e foi encontrado morto em um açude de Pau dos Ferros, foi assassinado com um tiro na cabeça e teve a mão cortada por ação mecânica. A confirmação do assassinato chocou os moradores e autoridades da região Oeste do Rio Grande do Norte, descartando a morte por afogamento. As circunstâncias do homicídio ainda são misteriosas para as autoridades.
O menino foi encontrado morto em um açude do Sitio Alencar, em Pau dos Ferros, na terça-feira passada, 7. Ele havia desaparecido no dia 5, quando saiu de casa na companhia de outros dois meninos, sendo um de 10 e outro de 11 anos. O delegado Inácio Rodrigues de Lima, que responde pela Delegacia Regional de Pau dos Ferros/RN, ouviu informalmente os dois meninos, na presença de seus familiares, antes da localização do corpo. Segundo Inácio, os meninos apresentaram várias versões diferentes para o desaparecimento do garoto e, por fim, disseram que ele caiu na água.
"Até então, nós estávamos tratando o caso como um afogamento", relembra Inácio Rodrigues, acrescentando que a localização do corpo mudou bruscamente a linha de investigação. Francisco foi encontrado morto em um local totalmente diferente do canto que os meninos haviam informado à Polícia. O mais grave é que Francisco de Assis estava com a mão direita mutilada, como se tivesse sido cortada ou comida por algum animal. A partir de então, a suspeita de um assassinato passou a ser ventilada com mais ênfase pela Polícia pau-ferrense, o que foi confirmado após exames feitos no Itep de Natal.
O corpo de Francisco de Assis foi encaminhado para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró, onde passou por avaliação de uma junta composta por três médicos-legistas. O trio não chegou a um consenso sobre a causa da morte e o corpo foi encaminhado para o Itep de Natal, que tem melhor estrutura. O resultado parcial do exame pericial saiu somente no sábado passado, 11, quando o corpo do menino foi liberado para o sepultamento. O Itep confirmou que o menino havia sido morto com um tiro na cabeça, mas não conseguiu identificar o calibre da arma usada.
Quanto à mão, um dos fatos que mais chocaram a população no Alto Oeste potiguar, a perícia confirmou a mutilação por ação mecânica, ou seja, que alguém cortou a mão do menino. O exame não atesta, entretanto, se a mão teria sido cortada antes ou depois de o menino ser morto com um tiro. Com essas novas informações, Inácio Rodrigues explica que o caso ganha uma proporção ainda maior do que já vinha tendo. A prioridade agora é colher novo depoimento dos dois garotos, que, de acordo com a lei, só pode ser feito por membros do Conselho Tutelar e do Ministério Público Estadual.
A Polícia quer agora esclarecer as circunstâncias da morte do menino Francisco de Assis, crime que chocou a sociedade pau-ferrense. A suspeita inicial é que os dois garotos, de 10 e 11 anos, tenham algum tipo de ligação com a morte de Francisco de Assis. A Polícia quer saber ainda se os garotos tiveram a ajuda de alguém, possivelmente maior de idade. "O que tenho a dizer neste momento é que a sociedade pode esperar muito empenho da Polícia. Nós, assim como a população, também estamos chocados e revoltados, mas agora é preciso ter calma para trabalhar", externa o delegado.
Morte comove população potiguar
Mesmo antes da confirmação do assassinato, a morte do menino Francisco de Assis já havia tomado uma grande dimensão. A pressão da sociedade junto à Polícia para uma resposta cresceu desde sábado passado, 11, quando foi confirmado que a morte era homicídio.
Segundo informações colhidas pelo JORNAL DE FATO, o cortejo fúnebre começou na cidade de São Francisco do Oeste, que fica distante cerca de 15km de Pau dos Ferros. As pessoas se aglomeraram na margem da BR-405, à espera do carro da funerária que trazia o corpo do garoto da capital.
A maior concentração de pessoas aconteceu na área de Pau dos Ferros, principalmente na entrada do município. As ruas foram tomadas pela população, que também estava à espera da chegada do menino.
Com cartazes pedindo justiça e empenho da Polícia, o corpo foi acompanhado por uma multidão até o cemitério.
Francisco de Assis foi sepultado no domingo passado, 12, uma semana após a sua morte.
O menino foi encontrado morto em um açude do Sitio Alencar, em Pau dos Ferros, na terça-feira passada, 7. Ele havia desaparecido no dia 5, quando saiu de casa na companhia de outros dois meninos, sendo um de 10 e outro de 11 anos. O delegado Inácio Rodrigues de Lima, que responde pela Delegacia Regional de Pau dos Ferros/RN, ouviu informalmente os dois meninos, na presença de seus familiares, antes da localização do corpo. Segundo Inácio, os meninos apresentaram várias versões diferentes para o desaparecimento do garoto e, por fim, disseram que ele caiu na água.
"Até então, nós estávamos tratando o caso como um afogamento", relembra Inácio Rodrigues, acrescentando que a localização do corpo mudou bruscamente a linha de investigação. Francisco foi encontrado morto em um local totalmente diferente do canto que os meninos haviam informado à Polícia. O mais grave é que Francisco de Assis estava com a mão direita mutilada, como se tivesse sido cortada ou comida por algum animal. A partir de então, a suspeita de um assassinato passou a ser ventilada com mais ênfase pela Polícia pau-ferrense, o que foi confirmado após exames feitos no Itep de Natal.
O corpo de Francisco de Assis foi encaminhado para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró, onde passou por avaliação de uma junta composta por três médicos-legistas. O trio não chegou a um consenso sobre a causa da morte e o corpo foi encaminhado para o Itep de Natal, que tem melhor estrutura. O resultado parcial do exame pericial saiu somente no sábado passado, 11, quando o corpo do menino foi liberado para o sepultamento. O Itep confirmou que o menino havia sido morto com um tiro na cabeça, mas não conseguiu identificar o calibre da arma usada.
Quanto à mão, um dos fatos que mais chocaram a população no Alto Oeste potiguar, a perícia confirmou a mutilação por ação mecânica, ou seja, que alguém cortou a mão do menino. O exame não atesta, entretanto, se a mão teria sido cortada antes ou depois de o menino ser morto com um tiro. Com essas novas informações, Inácio Rodrigues explica que o caso ganha uma proporção ainda maior do que já vinha tendo. A prioridade agora é colher novo depoimento dos dois garotos, que, de acordo com a lei, só pode ser feito por membros do Conselho Tutelar e do Ministério Público Estadual.
A Polícia quer agora esclarecer as circunstâncias da morte do menino Francisco de Assis, crime que chocou a sociedade pau-ferrense. A suspeita inicial é que os dois garotos, de 10 e 11 anos, tenham algum tipo de ligação com a morte de Francisco de Assis. A Polícia quer saber ainda se os garotos tiveram a ajuda de alguém, possivelmente maior de idade. "O que tenho a dizer neste momento é que a sociedade pode esperar muito empenho da Polícia. Nós, assim como a população, também estamos chocados e revoltados, mas agora é preciso ter calma para trabalhar", externa o delegado.
Morte comove população potiguar
Mesmo antes da confirmação do assassinato, a morte do menino Francisco de Assis já havia tomado uma grande dimensão. A pressão da sociedade junto à Polícia para uma resposta cresceu desde sábado passado, 11, quando foi confirmado que a morte era homicídio.
Segundo informações colhidas pelo JORNAL DE FATO, o cortejo fúnebre começou na cidade de São Francisco do Oeste, que fica distante cerca de 15km de Pau dos Ferros. As pessoas se aglomeraram na margem da BR-405, à espera do carro da funerária que trazia o corpo do garoto da capital.
A maior concentração de pessoas aconteceu na área de Pau dos Ferros, principalmente na entrada do município. As ruas foram tomadas pela população, que também estava à espera da chegada do menino.
Com cartazes pedindo justiça e empenho da Polícia, o corpo foi acompanhado por uma multidão até o cemitério.
Francisco de Assis foi sepultado no domingo passado, 12, uma semana após a sua morte.
Portal MGR, 14 de Junho de 2011 Por: Gilberto Silva.
Informações: Andrey Ricardo/Jornal de Fato - Via: Nosso Paraná RN.
Informações: Andrey Ricardo/Jornal de Fato - Via: Nosso Paraná RN.
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