A partir do dia 1º de junho, aproximadamente 8 mil policiais militares da Paraíba não vão mais poder contar com a alimentação fornecida pela instituição. O "rancho", como é mais conhecido, será substituído por um auxilio alimentação no valor de R$ 150. A quantia será creditada no contracheque do beneficiário, que poderá escolher o estabelecimento onde deseja fazer as refeições durante o expediente.
A decisão do Comando Geral da PM tem como objetivo acabar com o desvio de função, já que mais de 160 policiais, entre cabos e sargentos trabalhavam como auxiliar de cozinha nos ranchos e agora voltarão a fazer parte do efetivo.
Com a medida, cerca de R$ 500 mil, que é disponibilizado mensalmente para o custeio dos "ranchos", será usado para o pagamento do auxílio-alimentação. De acordo com o comandante geral da Polícia Militar, Euler de Assis Xavier, a medida não foi tomada para evitar gastos, nem tampouco fazer economias.
Ele disse que há muito tempo, vários policiais que deveriam estar nas ruas fazendo a segurança da população eram aproveitados nos trabalhos de cozinha no rancho. "Em todos os batalhões e companhias existentes acontecia isso e é mais importante do ponto de vista operacional e da necessidade do Estado, que esses homens passem a fazer parte do efetivo para reforçar ainda mais a segurança nas cidades da Paraíba", contou o comandante.
Além disso, Coronel Euler destacou que muitos policiais acabavam não utilizando o beneficio nos "ranchos". "Alguns não se alimentavam nos ranchos porque alegam problemas de saúde, outros por conta do horário, que às vezes não estavam na sede na hora da refeição. Agora, com o beneficio direto no bolso deles, será mais fácil, e eles poderão se alimentar onde quiser escolher a comida que desejar e na hora que for mais viável para eles", explicou o coronel.
Os 160 policiais que trabalham que estavam com desvio de função, irão passar por uma preparação para voltar a fazer parte do efetivo. "Sem dúvidas a volta desses homens às ruas será muito importante para população, que precisa de segurança. Como eles estavam fora do efetivo há alguns anos, terão que passar por um estágio de adaptação funcional já a partir do dia 30", disse o coronel.
Para o comandante do 2ª Batalhão de Polícia de Campina Grande, João da Mata, a decisão foi encarada pelos 784 policiais que compõe a tropa, como positiva. Ele disse que os policiais acharam mais viável receber o dinheiro para comprar a própria alimentação. O comandante ainda ressaltou que com a decisão, o efetivo passará a contar com mais 70 policiais que estavam no rancho. "acho que essa medida vai melhorar a situação porque os policiais vão poder ter mais liberdade para escolher o que comer, tem a questão dos horários também, sem falar que muitos deles irão voltar para as atividades para as quais foram formados", afirmou o comandante.
Portal MGR, 25 de Maio de 2011 Por: Gilberto Silva.
Informações: Daniel Motta/Sertão Informado - Via: Nosso Paraná RN.
Informações: Daniel Motta/Sertão Informado - Via: Nosso Paraná RN.
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