O deputado Romário (PSB-RJ) abriu nesta segunda-feira (21) um ato na Câmara dos Deputados para lembrar o Dia Internacional da síndrome de Down. Pai de uma portadora da síndrome, a caçula Ivy Bittencourt, de 6 anos, o ex-jogador procura se destacar no Congresso como defensor dos direitos das pessoas com deficiências.
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- O objetivo maior é mostrar à sociedade que o preconceito contra a síndrome de Down deve ficar para trás. Espero que, a partir dessa data, algumas pessoas que não tinham alguns conhecimentos e passaram a entender, possam mudar suas opiniões.
Romário foi o centro das atenções do ato, que contou com apresentações de dança e música e palestras de especialistas. Depois de discursar na abertura do evento, que começou por volta das 14h, o carioca retornou à sua cadeira na plateia, porém mal conseguiu assistir às palestras devido aos incontáveis fãs que o abordavam em busca de uma foto.
O deputado passou os intervalos do evento tirando fotos e distribuindo abraços e beijos às crianças com a síndrome e aos pais, que aproveitavam para trocar uma palavra com o craque.
- Fico feliz em saber que as pessoas com síndrome de Down me têm como uma pessoa querida e principalmente os pais, familiares e amigos possam me ver como uma pessoa com quem eles podem contar, fazer definitivamente alguma coisa de diferente do que foi feito até agora. O que eu posso dizer é que, se depender da minha luta, estarei sempre lutando e dando o máximo para melhorar a vida dessas pessoas.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) também participou do ato. Pai de um bebê de nove meses com síndrome de Down, a pequena Beatriz, o petista diz que o Senado Federal está montando uma comissão especial para mudar a legislação, mas que a lei em vigor tem que ser cumprida.
- Ser pai de uma criança com Down é extraordinário. A grande preocupação, porém, é com o preconceito, com a inclusão.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), José Antônio Dias Toffoli também compareceu à cerimônia ao lado do irmão portador da síndrome, José Eduardo, de 41 anos. O jurista lembrou que o Estado, pela Constituição Federal, tem obrigação de “promover a inclusão e a dignidade das pessoas com síndrome”.
- Primeiro passo é a quebra de um preconceito. O Estado brasileiro deu um passo muito importante nessa quebra, que foi a aprovação da matéria que promulgou a convenção da ONU das pessoas com deficiências. [...] Só que ainda poucas pessoas conhecem esse tratado. É necessária maior promoção, divulgação.
Síndrome de Down
A Síndrome de Down decorre de um acidente genético presente, em média, em 1 a cada 800 nascimentos, aumentando a incidência com o aumento da idade materna. Entre os recém nascidos vivos de mães de até 27 anos é de um para cada 1.200. Já entre mães de 39 a 40 anos, a frequência é bem maior, de um para cada 100 nascimentos.No Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000, existem 300 mil pessoas com a síndrome. Elas apresentam retardo mental (de leve a moderado) e alguns problemas clínicos associados.
O deputado Romário destacou que a Síndrome de Down não é uma doença, mas uma alteração genética.
- A Síndrome de Down não é uma doença. Essas pessoas não são anormais, essas pessoas tem uma genética diferente da nossa então eles precisam conviver nos mesmos espaços que a gente convive a nível de escola, da sociedade, do esporte.
Portal MGR, 22 de Março de 2011
Por: Gilberto Silva - Informações: Blog do Sargento Andrade.
Por: Gilberto Silva - Informações: Blog do Sargento Andrade.
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